ABA e autismo: conheça mais sobre essa terapia
Você sabia que o método ABA e autismo tem muito em comum? Hoje, vamos falar um pouco mais sobre essa terapia, uma das mais eficazes no tratamento do autismo
ABA e autismo. Qual é a relação entre uma coisa e outra? O método ABA é, hoje, um dos modelos de terapia mais populares no tratamento do autismo.
No meio de tantos tratamentos disponíveis, é imprescindível conhecer aquilo que, de fato, pode trazer um resultado relevante para pacientes com autismo, dentro das suas necessidades.
Mas o que, de fato, há de tão eficaz nesse método, que é estudado desde a década 1960, e por que ele é um dos mais recomendados tanto por médicos especialistas em autismo quanto pelos pais que possuem filhos com autismo?
A resposta mais sucinta é que o ABA parte 2 dois princípios bem universais: aprendizagem e comportamento.
Então, é isso que vamos te explicar hoje: como o ABA e o autismo estão correlacionados e como o método pode ajudar crianças, adolescentes e até adultos com autismo.
A Análise Comportamental Aplicada ou Applied Behavior Analysis, cuja sigla é ABA, é uma ciência cujas intervenções derivam dos princípios do comportamento e possui como objetivo aprimorar comportamentos socialmente relevantes.
Em outras palavras, ensinar habilidades que façam diferença na vida dos indivíduos que compõem uma sociedade para que os mesmos sejam capazes de acessar itens, atividades e ambientes que promovam o seu bem-estar, se tornem independente e capaz participar de grupos sociais importantes.
O primeiro estudo em ABA é datado de 1949. Portanto, essa área de investigação científica possui mais de 70 anos e vem produzindo tecnologias capazes de promover o ensino de habilidades a diferentes populações.
Especificamente para o tratamento do autismo, intervenções eficazes em diminuir déficits comportamentais estão documentados em centenas de estudos revisados por pares publicados nos últimos 50 anos.
Isso tornou a ABA o padrão de atendimento para o tratamento de indivíduos com diagnóstico de autismo.
Nesse contexto, uma intervenção em ABA não se restringe a um conjunto de intervenções que são aplicadas de forma uniforme a diferentes indivíduos, mas sim, um vasto conjunto de tecnologias que devem ser utilizadas para compor uma intervenção individualizada, com revisões constantes para o estabelecimento e restabelecimento de novas metas e objetivos.
ABA e autismo: afinal de contas, do que se trata?
A rigor não existe uma terapia ou intervenção ABA.
Isso pode ser esclarecido da seguinte maneira: existe uma disciplina científica chamada análise do comportamento (geralmente ensinada na graduação em psicologia, e na pós-graduação a diversos profissionais).
Ela tem um ramo de ciência básica (conhecido como análise experimental do comportamento) e um ramo de ciência aplicada (conhecido como análise do comportamento aplicada, do inglês applied behavior analysis, de onde vem a sigla ABA).
ABA é, então, o ramo aplicado da análise do comportamento, que é uma ciência.
A ABA tem produzido conhecimento útil para desenvolver formas de prestação de serviços que visam resolver problemas socialmente relevantes.
Um dos exemplos envolve a gestão de pessoas nas empresas ou instituições públicas, no planejamento de ensino em qualquer nível, nas terapias incluindo aí a intervenção aos transtornos do espectro do autismo.
O método é a forma de intervenção mais bem-sucedida para crianças com algum desenvolvimento atípico, por isso é indicado àquelas com transtorno do espectro autista.
Esse tipo de terapia ajuda a entender 3 perguntas básicas:
- Como o comportamento funciona?
- De que forma o comportamento é afetado pelo meio em que a pessoa vive?
- Como ocorre o aprendizado?
A partir desses questionamentos, o método ABA busca trabalhar o impacto da condição autista em situações reais.
O objetivo é fazer os comportamentos desejáveis e úteis serem ampliados e diminuir aqueles que são prejudiciais, ou que estão afetando negativamente o processo de aprendizagem.
Como as intervenções entre ABA e autismo funcionam?
A intervenção, de forma geral, se caracteriza por uma avaliação inicial minuciosa do comportamento da pessoa, que leva à identificação dos comportamentos que estão em déficit (em geral relacionados à interação social e à linguagem) e em excesso (comportamento estereotipado, interesse exageradamente restrito a certos temas ou objetos, apego excessivo a rotinas, comportamento autolesivo e agressivo).
Um plano de intervenção individual é elaborado com base nessa avaliação, onde se ensina o que está em déficit e se trabalha para reduzir o que está em excesso.
Esse plano é reavaliado periodicamente.
A intervenção é mais eficaz se for precoce, intensiva, duradoura e abrangente (incluindo a família, escola etc). O principal processo psicológico subjacente é a aprendizagem.
A análise do comportamento aplicada é uma terapia que intervém em múltiplos comportamentos.
É diferente de outros tratamentos, que geralmente são focados em um comportamento específico. Essas são as características mais marcantes do tratamento ABA:
- Adaptação do programa às necessidades de cada pessoa. Em síntese os comportamentos que se deseja ampliar ou reduzir;
- Pode ser feito individual ou em grupo;
- Pode ser feito em casa, na escola, em clínicas e até em espaços compartilhados;
- Ensina habilidades úteis para o dia a dia.
A ciência e a medicina consideram que o ABA é um tratamento baseado em evidências.
Isso significa que o método passou por diversos testes científicos que demonstraram resultados positivos em qualidade e eficácia.
Em geral, dois métodos muito buscados por pais e cuidadores como alternativa ao ABA são o TEACCH (Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Déficits de Comunicação) e o PECS (Sistema de Comunicação por Troca de Imagem), ambos recomendados por profissionais.
Até hoje, mais de 50 estudos científicos já foram registrados pelo mundo, analisando diferentes aspectos da abordagem do ABA e comprovando os resultados positivos do método.
Terapia ABA e autismo: um grande passo na qualidade de vida dos pacientes
A terapia ABA consiste no ensino intensivo das habilidades necessárias para que o indivíduo diagnosticado com autismo ou transtornos invasivos do desenvolvimento se torne independente.
O tratamento baseia-se em anos de pesquisa na área da aprendizagem e é hoje considerado como o mais eficaz.
Um dos benefícios do aprendizado sem erros é que diminui a frustração e o desânimo.
Ao garantir que os alunos respondam corretamente, especialmente durante a aquisição de uma nova habilidade, o aprendizado sem erros pode ajudar a aumentar a motivação e o prazer de aprender.
Por isso ABA e autismo estão tão relacionados, uma vez que a terapia é considerada uma das mais eficazes atualmente para o tratamento do autismo.
Muito interessante este método, não é mesmo?
Agora que você já sabe um pouco mais sobre o ABA e autismo, bem como sua importância no tratamento, que tal compartilhar esta leitura com outras pessoas?