Transtorno do Espectro do Autismo e Inclusão Social
Você sabia que dia 2 de Abril é comemorado o dia mundial da consciência do autismo?
Para fortalecer a celebração hoje vamos falar sobre Transtorno do Espectro do Autismo e Inclusão Social.
Um dos temas mais relevante não só para os indivíduos que têm o transtorno do Espectro do Autismo, mas para toda a nossa sociedade.
Então, vamos lá?
Autismo e Inclusão Social.
O Transtorno do Espectro do Autismo é uma condição que afeta diretamente a capacidade de interação e comunicação de um indivíduo.
Tais aspectos são indispensáveis para qualquer pessoa viver em sociedade.
Daí já se percebe a necessidade de se falar sobre este assunto.
Nem sempre é fácil combinar o autismo e a Inclusão social no mesmo contexto.
Mas é necessário que haja um esforço e principalmente conscientização de profissionais, família e todas as pessoas do convívio do indivíduo, para que este seja acolhido e possa se desenvolver da melhor maneira possível.
A importância da comunicação
Por que muitas vezes é difícil incluir a pessoa com TEA no convívio comum?
Estes indivíduos não se conectam com o mundo ao seu redor da mesma maneira que as demais pessoas.
A comunicação é indispensável para o desenvolvimento de todos nós, tanto para o aprendizado quanto para a construção de relações interpessoais.
Nós somos seres relacionais. Nós aprendemos observando e somos necessitados de afeto, amizade, amor e vínculos afetivos.
A criança autista não é diferente. A comunicação será essencial para o seu desenvolvimento como ser humano.
No entanto, o que para muitos é comum para o autista é um grande desafio.
Todo indivíduo com TEA necessita de estímulos para desenvolver a comunicação.
Claro que esses estímulos devem ser ajustados para cada paciente e suas necessidades específicas.
Algumas crianças por exemplo desenvolvem bem a linguagem, mas não falam, ou falam apenas para expor algo sobre um assunto pelo qual exercem certo fascínio.
Mas resumindo, podemos dizer que o primeiro passo para promover a inclusão social das crianças com TEA é desenvolver nelas a comunicação.
Veja também: Contato Visual no autismo: Qual a importância e Como Estimular?
Cada caso é um caso!
O indivíduo que tem autismo é um ser único! Possui seu próprio mundo, suas próprias dificuldades e próprios avanços.
Ou seja, apesar desta condição ter suas características próprias elas se manifestam de maneiras diferentes em cada um.
Sendo assim apenas um profissional bem qualificado poderá determinar a abordagem que melhor funciona com cada um.
No entanto, apesar de sabermos que não existe uma cura definitiva (até porque não se trata de uma doença), estudos comprovam que a Análise comportamental e as intervenções fonoaudiológicas precoces são capazes de aumentar as habilidades de comunicação dessas crianças e melhorar o seu desenvolvimento como um todo.
Os resultados que tem surtido da Intervenção Precoce com esses pacientes é realmente impressionante.
Muitos deles quando chegam à fase adulta, levam uma vida completamente normal, conseguindo viver em sociedade e fazer tudo o que todo mundo faz: Namorar, trabalhar, estudar, casar, ir à faculdade e por aí vai!
O segredo é começar o quanto antes com a intervenção, para que a criança tenha todo o suporte da equipe multidisciplinar.
Quanto mais cedo ela for estimulada melhores serão os resultados.
Como estimular a criança?
É importante entender que uma pessoa autista não é menos inteligente que as outras, ela apenas necessita dos estímulos corretos para desenvolver as áreas em que possui dificuldades.
Para estimular essas crianças é necessário procurar a orientação de um profissional.
Muitos pais se perguntam que profissional procurar neste momento.
Não é possível um único profissional conduzir o desenvolvimento da criança com TEA.
Para isso é necessário uma equipe multidisciplinar, ou seja, uma equipe de diferentes profissionais que trabalharão cada aspecto da criança individualmente.
O profissional responsável pelo desenvolvimento da fala, linguagem e comunicação é o fonoaudiólogo.
Para questões de interação e comportamento, um Analista do comportamento poderá acompanhar e orientar o desenvolvimento da criança.
Os pais são de suma importância nesse processo, especialmente no desenvolvimento da comunicação e da interação.
Afinal, são eles que têm contato diário com a criança.
O problema é que muitas vezes esses pais sofrem com a falta de informação.
Cabe a cada profissional a responsabilidade, não só de cuidar das crianças, mas de orientar os pais da maneira adequada.
A família também precisa ser acolhida nesta ocasião.
Quanto mais a família estiver engajada neste processo junto com a equipe multidisciplinar, maiores as chances da intervenção ser bem sucedida.
Este é o melhor caminho para estimular o indivíduo.
Os grandes desafios do autista no Brasil
Para falar de Inclusão social e autismo temos que citar o contexto da sociedade como um todo.
Uma nação que deseja ser justa precisa trabalhar a inclusão de todos os indivíduos.
Todos devem ter um espaço, ser respeitados e aceitos.
Mas parece que viver em uma nação justa é um sonho distante para nós.
Os indivíduos que possuem TEA não tem nenhuma característica física que evidencie a condição.
No entanto, as características em seu comportamento, interação e comunicação são muitos marcantes e por vezes difíceis de lidar para pessoas que não estejam preparadas.
O grande empecilho para a inclusão social das pessoas autistas ainda é a falta de informação.
Veja por exemplo o que acontece nas escolas…
O primeiro contato com a sociedade, sem ser com a própria família, é com a escola e este é um grande desafio para essas crianças.
As escolas precisam estar preparadas para acolher estes alunos, do contrário podem ser um ambiente cruel para eles.
No Brasil, muitas vezes o corpo docente, especialmente nas escolas públicas, não está preparado para recebê-las.
Isso leva muitos pais a fazerem um grande esforço para manter seus filhos em escolas particulares que oferecem uma estrutura melhor e uma rede de apoio para as crianças nesta condição.
É necessário que haja uma preparação maior dos profissionais, o Estado precisa garantir que todas as crianças tenham o apoio necessário nas escolas públicas.
Além disso, é preciso falar sobre autismo com quem não é autista, para que haja mais empatia não só com os pacientes mas também com suas famílias.
A conscientização é o caminho para a inclusão.
Concluindo
Autismo e Inclusão Social são assuntos que ainda trarão muitas discussões à tona, e isso é ótimo precisamos abrir espaço para este tema.
Ainda vamos descobrir muitas coisas sobre o TEA e creio que a realidade das nossas crianças só pode melhorar daqui para a frente.
No mais, aprendemos que a comunicação é um grande desafio no autismo.
Precisa ser estimulado o quanto antes, quanto melhor for o desenvolvimento da criança mais fácil será incluí-la.
Muitos adultos autistas, como já falamos, levam vidas extraordinárias e tem relações incríveis de amizade, amor, trabalho e etc.
Tudo isso é possível!
Hoje foi isso, espero que você tenha gostado.
Se você tem ou conhece alguém que tenha um filho com TEA e que gostaria de ser avaliado pela nossa equipe de profissionais entre em contato pelo WhatsApp 11. 99460 8548 e marque uma consulta.
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Feliz dia Mundial da consciência do autismo!