Psicomotricidade na criança autista
A psicomotricidade tem ganhado destaque como uma área essencial no desenvolvimento de crianças autistas. Essa abordagem terapêutica integra movimento, emoções e cognição, promovendo o crescimento global de habilidades que vão além do físico. Para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), trabalhar a psicomotricidade pode ser transformador, ajudando a superar desafios relacionados à interação social, comunicação e desenvolvimento motor.
O que é Psicomotricidade?
A psicomotricidade é uma ciência que estuda a relação entre corpo, mente e movimento. Ela trabalha habilidades como equilíbrio, coordenação motora, percepção corporal e espacial, ritmo, e lateralidade, aspectos fundamentais para a autonomia e funcionalidade no dia a dia.
No contexto da criança autista, a psicomotricidade vai além do físico: é uma porta de entrada para a compreensão do mundo e para a expressão de emoções.
O Desenvolvimento Psicomotor no TEA
Crianças autistas geralmente apresentam dificuldades em áreas específicas que estão diretamente relacionadas à psicomotricidade, como:
- Coordenação Motora: Movimentos finos e grossos, como segurar objetos ou correr, podem ser prejudicados.
- Planejamento Motor: Algumas crianças têm dificuldade em entender como realizar tarefas em etapas, como subir uma escada ou se vestir.
- Percepção Corporal: Reconhecer os limites do próprio corpo e como ele se relaciona com o ambiente pode ser um desafio.
- Regulação Emocional e Sensorial: O TEA muitas vezes vem acompanhado de hipersensibilidades ou hipossensibilidades sensoriais, que impactam diretamente o comportamento e a interação social.
Trabalhar essas áreas contribui não só para o desenvolvimento motor, mas também para o avanço nas interações sociais e emocionais da criança.
Como a Psicomotricidade Ajuda Crianças Autistas?
1. Desenvolvimento da Coordenação Motora
Atividades psicomotoras ajudam na coordenação de movimentos amplos e específicos, promovendo maior controle corporal. Brincadeiras como pular corda, jogar bola ou dançar são exemplos de exercícios que integram o corpo e a mente.
2. Integração Sensorial
Muitas crianças com TEA têm dificuldades de integração sensorial, ou seja, de processar e responder aos estímulos do ambiente. A psicomotricidade utiliza materiais, texturas e estímulos variados para ajudar a criança a se adaptar ao mundo ao seu redor.
3. Melhoria da Comunicação
Embora a psicomotricidade não substitua terapias específicas de comunicação, ela cria um ambiente onde a interação e o contato visual são incentivados, facilitando o desenvolvimento de habilidades sociais.
4. Redução do Estresse e Ansiedade
O movimento e a expressão corporal permitem que a criança libere tensões, ajudando no equilíbrio emocional e na regulação comportamental.
5. Estímulo à Autonomia
Através de atividades psicomotoras, as crianças desenvolvem habilidades para tarefas diárias, como amarrar os sapatos, comer sozinhas ou organizar os brinquedos.
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Técnicas e Atividades de Psicomotricidade para Crianças Autistas
1. Jogos de Equilíbrio
Brincadeiras como andar na linha, em circuitos com obstáculos ou em superfícies instáveis estimulam o equilíbrio e a concentração.
2. Brincadeiras com Bola
Jogar, rolar, ou quicar a bola promove a coordenação motora e o trabalho em equipe.
3. Atividades Sensorialmente Estimulantes
Pintura com os dedos, massinha de modelar e caixas sensoriais ajudam a criança a explorar diferentes texturas e temperaturas.
4. Dança e Ritmo
Seguir o ritmo de músicas ou criar movimentos ao som de diferentes instrumentos estimula a percepção corporal e espacial.
5. Exercícios Respiratórios e de Relaxamento
Práticas simples, como inspirar e expirar profundamente, ajudam a criança a regular suas emoções e a melhorar a concentração.
O Papel da Família e dos Profissionais
Para que a psicomotricidade tenha o impacto desejado, é fundamental que pais, professores e terapeutas trabalhem em conjunto. A família deve estar envolvida no processo, reforçando as atividades em casa de maneira lúdica e natural.
Além disso, o acompanhamento de profissionais especializados, como psicopedagogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, é indispensável para adaptar as práticas às necessidades individuais da criança.
Resultados a Longo Prazo
A psicomotricidade não é uma solução imediata, mas uma jornada de desenvolvimento contínuo. Crianças que trabalham essas habilidades ao longo do tempo tendem a apresentar melhoras significativas na qualidade de vida, na interação com o ambiente e na capacidade de realizar atividades do dia a dia de forma mais independente.
Se você tem uma criança autista na família, considere explorar as possibilidades da psicomotricidade. Com o apoio certo, cada passo se torna um avanço significativo em direção a uma vida mais plena e funcional.
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