O Autismo e a Seletividade Alimentar

O Autismo e a Seletividade Alimentar

A seletividade alimentar não é somente um problema específico de crianças com autismo, apesar de muitas vezes serem associados a elas. Cerca de ¼ de todas as crianças têm algum tipo de problemas alimentares nos primeiros anos de vida. A seletividade alimentar pode ser mais restritiva em crianças com autismo podendo se estender por toda a vida.

seletividade alimentar
seletividade alimentar

O Autismo também conhecido por transtorno do espectro autista é considerado uma desordem do desenvolvimento neurológico presente desde o nascimento ou começo da infância.

Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, pessoas dentro do espectro podem apresentar déficit na comunicação social ou interação social e padrões restritos e repetitivos de comportamento. 

Todos os pacientes com autismo partilham estas dificuldades, mas cada um deles será afetado em intensidades diferentes, resultando em situações bem particulares. Apesar de ainda ser chamado de autismo infantil, pelo diagnóstico ser comum em crianças e até bebês, os transtornos são condições permanentes que acompanham a pessoa por todas as etapas da vida.

O TEA afeta o comportamento do indivíduo, e os primeiros sinais podem ser notados em bebês de poucos meses. No geral, uma criança do espectro autista apresenta os seguintes sintomas:

  • Dificuldade para interagir socialmente, como manter o contato visual, expressão facial, gestos, expressar as próprias emoções e fazer amigos;
  • Dificuldade na comunicação, optando pelo uso repetitivo da linguagem e bloqueios para começar e manter um diálogo;
  • Alterações comportamentais, como manias, apego excessivo a rotinas, ações repetitivas, interesse intenso em coisas específicas, dificuldade de imaginação e sensibilidade sensorial (hiper ou hipo).
  • Seletividade alimentar.

A seletividade alimentar é mais do que apenas um comedor exigente, a pessoa com seletividade alimentar costuma ter aversão sensorial a certos sabores, texturas ou cores, chegando a desenvolver fobia de determinados alimentos. 

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Como resultado, alimentam-se com uma dieta muito restrita, afetando principalmente a ingestão de micronutrientes, como vitaminas e minerais.

Uma das características diagnósticas do TEA está relacionada a problemas de modulação sensorial da audição, visão, olfato, paladar e toque.  Esse processamento sensorial anormal é considerado um dos fatores que contribuem para a seletividade alimentar.

Por outro lado, quando não há fatores orgânicos identificáveis, a questão alimentar pode ser considerada como manifestação de interesses restritos e comportamento de rigidez, que também são características do autismo. A rigidez é caracterizada como a relutância em experimentar novos alimentos, ter um pequeno repertório de alimentos aceitos, não realizar as refeições em horários e locais diferentes, e até mesmo a resistência à apresentação de pratos e tipos de utensílios novos.

É importante a colaboração entre nutricionistas, nutrólogos e psicólogos analistas do comportamento para aumentar a eficácia da intervenção dietética.

O suporte nutricional é necessário sob a forma de preparação de cardápio é possível a suplementação de vitaminas e minerais. A avaliação de nutrólogo especializado também é fundamental para avaliar possíveis comprometimentos orgânicos e orientar na suplementação alimentar de acordo com as necessidades do organismo em questão.

O analista do comportamento provê a quebra de rigidez comportamental referente à seletividade alimentar, dessensibilização e aceitação de variedade de alimentos. contingências também variadas.

Desta forma, a identificação de alimentos adequados, a modificação das características sensoriais dos alimentos, o fornecimento de utensílios alimentares adequados, a modificação do meio ambiente (estímulos) e a incorporação de intervenções comportamentais de suporte podem ajudar a facilitar uma nutrição adequada, reduzir o estresse familiar nas horas das refeições e melhorar a saúde da criança.

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