Meu filho tem dificuldade de atenção e concentração: o que fazer?

Meu filho tem dificuldade de atenção e concentração: o que fazer?

Desvendando a Dificuldade de Aprendizagem: Causas, Sintomas e Estratégias de Apoio

Seu filho apresenta sinais de déficit de atenção? Saiba como agir se meu filho tem dificuldades de concentração

Meu filho tem dificuldade de atenção e concentração. Essa é uma reclamação muito comum nos dias de hoje.

Uma das características mais marcantes da Geração Z é sua habilidade inata de trabalhar em “modo multitarefa”.

Se os pais permitirem, eles não hesitam em tentar fazer o dever de casa ao mesmo tempo em que assistem à televisão, conversam com os amigos pelo smartphone e jogam algum game no computador.

Essa talvez seja uma capacidade que os pais têm de ensinar a esses filhos tão conectados e, simultaneamente, com tantas dificuldades em focar.

Seu filho é muito hiperativo ou anda com a cabeça na lua? Saiba que crianças podem sofrer com falta de atenção e concentração infantil.

Isso não necessariamente significa que elas têm algum transtorno ou déficit.

Contudo, é preciso acompanhar os hábitos para avaliar se seu filho é apenas distraído e impulsivo ou se tem algum distúrbio que pode acabar dificultando o processo de aprendizagem.

Nos dias atuais, é muito difícil para as pessoas se concentrarem em uma única atividade.

Como avaliar se o seu filho sofre com falta de atenção e concentração?

O cérebro recebe informações a todo o momento e precisa selecioná-las para armazená-las ou excluí-las.

Portanto, para manter seu funcionamento, ele opta pela atenção seletiva, sustentada, alternada ou dividida e, nesse ato de processamento, algumas coisas podem se perder, ocasionando falhas.

Para identificar algum possível problema, analise os hábitos do seu filho e verifique sintomas clássicos: dificuldade em realizar tarefas simples, demora para finalizar algo e esquecimento constante.

De fato, todo caso de transtorno ou déficit implica um certo grau de prejuízo na atenção focada, mas nem toda dificuldade de concentração é um Distúrbio de Déficit de Atenção (DDA) ou Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).

O TDAH se diferencia do DDA, pois, no segundo caso, o grau da agitação da criança é menor.

Sendo assim, no caso do déficit de atenção, suas características principais são inquietude e distração.

O TDAH é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, e pode ser percebido desde a infância, com sintomas de hiperatividade, distração, desorganização e esquecimento.

O portador apresenta esses sinais desde muito cedo, mas, com o tratamento correto, é possível melhorá-los com o avanço da idade.

Dificuldade de Atenção e Concentração

Um assunto controverso

Uma das principais correntes defendem que o TDAH seja um fenômeno biológico – ou um transtorno neurobiológico, funcional e hereditário (forma de diagnóstico americano, seguido pela maior parte dos profissionais brasileiros).

A outra afirma que se trata de algo psicológico ou social, ligado à relação da criança com a família e o ambiente em que vive (forma de diagnóstico usado pela maior parte de profissionais da França).

Recentemente foi publicado um estudo que mostra uma diferença gritante em número de crianças com TDAH nos EUA (que possui 9% das crianças diagnosticadas) e a França (com 0,5%).

Essa discrepância numérica pode ser explicada, pela forma com que o transtorno é diagnosticado – na França, há maior preocupação com a avaliação da família e do meio social em que a criança vive.

O problema existe em todos os lugares, seja na França, EUA, Brasil.

Mas podemos pensar que nos EUA, por exemplo, há uma pressão maior para o trabalho, os pais têm menos tempo para a educação e interação com crianças de 0 a 6 anos, fase importante na formação da identidade.

Já em países nórdicos, existem leis que protegem mais a gestante, a licença-maternidade é bem maior.

Os filhos americanos apresentam estrutura emocional mais imatura. São inteligentes, mas imaturos, defende o neurologista infantil e colunista da Pais & Filhos Saul Cypel.

Como ajudar a criança a desenvolver a atenção e concentração?

A geração Z já está acostumada com a capacidade de ser multitarefas. Assim, cabe aos pais impedir que esse mal hábito se torne uma rotina.

Na sequência, veja outras dicas para ajudar as crianças a melhorarem a concentração.

#1. Organize o ambiente de estudos

Se até para os adultos é difícil manter-se focados em um lugar cheio de estímulos, para as crianças, os obstáculos podem ser ainda maiores.

Para ajudar seu filho, defina junto a ele um local específico para estudar: pode ser sua escrivaninha, uma mesa no escritório, um cantinho no quarto ou na sala, ou outro espaço confortável em que ele se concentre, desligando-se do mundo exterior.

#2. Ensine-o a conciliar trabalho, descanso e lazer

Aprender a focar em uma única tarefa é extremamente importante para o desenvolvimento do seu filho.

Ensine seu filho a observar o próprio ritmo para que ele perceba em que momento precisa de um intervalo.

Quando ficar difícil manter o foco, parar por 5 minutos para dar uma volta com o cachorro, assistir a um vídeo ou fazer um lanche pode ajudá-lo a render muito mais.

#3. Dinamize os métodos de estudo

Permita que seu filho estude tanto pelos livros e deveres de casa quanto pelo computador, assistindo videoaulas, jogando games educativos e até discutindo com os colegas e amigos.

Essa dinamização contribuirá para que ele ganhe autonomia nos estudos e ainda enriqueça seu aprendizado.

#4. Estimule a prática de atividades físicas e os cuidados com o sono

Uma das causas mais comuns da falta de atenção entre jovens e adultos é o mal-estar físico causado tanto pelo sedentarismo quanto pela deficiência de sono.

Felizmente, a solução é simples: praticar esportes ajuda a gastar a energia que nos impede de focar e ainda contribui para que tenhamos noites melhores, eliminando o risco de cochilar em cima dos livros ao mesmo tempo em que aumenta nossa qualidade de vida.

Dificuldade de Atenção e Concentração

Quando buscar ajuda?

A ajuda se faz necessária quando, mesmo depois de prezar pelos bons hábitos, a criança ainda apresenta dificuldade em ouvir os outros.

É inquieta na sala de aula, não consegue finalizar suas tarefas, sente-se desmotivada, fala em excesso e não respeita os limites.

Para diagnosticar o TDAH, por exemplo, existe um questionário da Associação Brasileira de Déficit de Atenção que avalia a intensidade do problema, servindo como ponto de partida para encontrar os principais sintomas.

Portanto, podemos concluir que falta de atenção e concentração infantil deve ser analisada com cuidado para que uma criança com déficit não fique sem o tratamento correto ou para que uma criança hiperativa não receba medicamentos desnecessários.

Além disso, é extremamente importante que os pais e a escola monitorem esses hábitos a fim de identificar alguns problemas como a discalculia, que pode prejudicar o desenvolvimento escolar.

Filho com dificuldade de atenção e concentração? É importante não se desesperar!

Não é porque o seu filho tem dificuldade de atenção e concentração que existe um problema.

A primeira hipótese que deve passar pela sua cabeça é que ele pode estar hiperestimulado.

Sabendo disso, pratique com ele nossas 4 dicas para ajudar na melhoria da concentração e veja se você percebe melhoras sensíveis nos resultados dele.

Muitos pais acabam diagnosticando seus filhos, ou até mesmo se assustando, acreditando que a falta de atenção e concentração pode esconder algo mais grave, e a situação acaba deixando a criança ainda mais perdida.

O importante, em todo caso, é manter a criança bem, para que ela não ache que há nada de errado com ela.

É importante que os sintomas não sejam todos tratados como distúrbios de aprendizado, para que seu filho não sofra com sequelas desnecessárias.

Se, mesmo com as atividades de estimulação, nada der certo, procure ajuda. Mas, não procure ajuda médica antes experimentar uma mudança no comportamento deles.

Pode ser que a dificuldade de atenção e concentração não seja nada demais, mas pode ser que seja o sinal de algum problema. Por isso, é sempre importante agir.

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