Neuropsicopedagogia e as dificuldades de aprendizagem
A neuropsicopedagogia é uma ciência multidisciplinar que analisa a relação entre a aprendizagem humana e o funcionamento do sistema nervoso (SN), por isso procura ligações entre as neurociências com os conhecimentos da psicologia e da pedagogia.
A neuropsicopedagogia apareceu com a missão de identificar, apoiar e estudar as dificuldades de aprendizagem, tendo como base o funcionamento do cérebro e buscando quais são os melhores métodos para auxiliar os alunos com dificuldades de aprendizagem, auxiliando na prática pedagógica e demonstrando como o cérebro funciona.
Sendo como objetivo da neuropsicopedagogia a promoção da reintegração pessoal, social e educacional, por meio da identificação, diagnóstico, reabilitação e da prevenção das dificuldades de aprendizagem.
De modo geral, o papel da neuropsicopedagogia é incentivar um ensino com qualidade e igualdade, independente da deficiência.
A neuropsicopedagogia está inserida no ambiente escolar e social a fim de auxiliar o aluno em suas dificuldades de aprendizagem.
O ato de ensinar não é apenas transmitir o conhecimento. “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção”. (FREIRE, 1996, p.47).
As contribuições da Neuropsicopedagogia:
- Observação de questões cognitivas, comportamentais e motoras, relacionadas ao desenvolvimento humano em ambiente escolares;
- Identificação de dificuldades de aprendizagem existentes;
- Criação de estratégias que possa viabilizar o processo de ensino e aprendizagem;
- Avaliação, intervenção e acompanhamento neuropsicopedagógico;
- Intervenção, reabilitação e estimulação cognitiva;
- Compreensão dos mecanismos cerebrais, ou seja, a relação entre o cérebro e a aprendizagem;
- Educação inclusiva e reintegração social e escolar dos indivíduos;
Inicialmente é de suma importância ter em mente que a dificuldade de aprendizagem vai além do que tirar notas baixas na escola. Os indivíduos com dificuldades de aprendizagem apresentam níveis de funcionalidade inferiores, resumindo apresentam atrasos no desenvolvimento da aprendizagem.
Alguns exemplos de dificuldades de aprendizagem são:
- Dislexia: dificuldade maior para leitura.
- Disgrafia: distúrbio relacionado à dificuldade na escrita.
- Discalculia: dificuldades em lições de matemática e operações envolvendo números.
- Dislalia: distúrbio que afeta a fala dos alunos.
- Disortografia: dificuldade comum para escrever e criar orações.
- Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH): dificuldade de concentração, inquietação, agitação e impulsividade.
Os sinais para auxiliar na identificação das dificuldades de aprendizagem são;
- Dificuldade para falar ou se expressar;
- Dificuldade em aprender as cores, formas, letra e números;
- Dificuldade na coordenação motora;
- Falta de foco e concentração no dia a dia;
- Falta de organização;
- Problemas de memória;
- Dificuldade em ler, soletrar e falar;
- Dificuldade em escrever e organizar as ideias;
- Dificuldade para concluir lições de casa e fazer cálculos matemáticos
As causas são muito diversas, podem ser alterações nas funções cognitivas, questões emocionais e também pode ser pelo método de ensino.
Caso seu filho apresente alguns dos sinais citados acima, comece a observar melhor o que pode estar por trás das dificuldades. Procure conversar com a escola para entender a metodologia de ensino aplicada em sala de aula e como ela interfere no processo de aprendizagem da criança. E procure ajuda profissional de um neuropsicopedagogo. E lembre-se de valorizar cada conquista da criança para deixá-la mais confiante e motivada.
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