Nutrição e Seletividade Alimentar

Nutrição e Seletividade Alimentar

Nutrição é a ciência que estuda as relações entre os alimentos e os nutrientes ingeridos pelo ser humano e possíveis estados de saúde e doença. A nutrição também é o ato de fornecer componentes fundamentais para os organismos e células em pleno funcionamento, otimizando o consumo com as melhores combinações a fim de aproveitar o máximo possível destes alimentos.

A seletividade alimentar é classificada atualmente como Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo (TARE). Mais do que apenas um comedor exigente, a pessoa com seletividade alimentar costuma ter aversão sensorial a certos sabores, texturas ou cores, chegando a desenvolver fobia de determinados alimentos. Alimentam-se com uma dieta restrita, evitando principalmente a ingestão de micronutrientes, como vitaminas e minerais.

Nutrição
Nutrição

Lei também sobre Audiometria infantil: como é realizado esse exame, clique aqui!

É importante ressaltar que o desenvolvimento de reações alérgicas a alimentos como frutos do mar, por exemplo, não se enquadra como Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo. Nesse caso, quando há rejeição a alimentos com glúten e lactose, por exemplo, trata-se de uma reação anormal do sistema imunológico.

Os transtornos alimentares seletivos na nutrição podem afetar adultos e crianças que apresentam sintomas psicológicos como ansiedade e depressão, bem como convívio social prejudicado.

Além disso, há outras características em comum:

  • comer apenas alimentos que são vistos como seguros ou aceitáveis.
  • Normalmente a escolha é sempre pelos mesmos alimentos, determinadas marcas ou mesmo temperatura em que serão ingeridos (frio ou quente).
  • Sentir aversão a grupos alimentares inteiros, como frutas, vegetais e leguminosas.
  • Ficar angustiado quando é encorajado a experimentar alimentos diferentes, 
  • Apresentar náusea e vômito ao se deparar com a necessidade de comer novos alimentos;
  • As crianças fecham a boca para evitar de qualquer maneira a ingestão de um alimento diferente.

É importante destacar que a maioria das pessoas com seletividade alimentar não tem problemas de peso e geralmente está dentro da faixa normal de índice de massa corporal (IMC). Também é comum que não apresentem carência de macronutrientes, sofrendo com a falta de micronutrientes.

Estudos apontam que há componentes biológicos e psicológicos na etiologia desse transtorno. Por outro lado, outros estudos mostram que a rejeição a determinados alimentos se dá muito mais por outras vias sensoriais e não pelo gosto, por exemplo, não gostar do cheiro ou da aparência de um alimento. Em relação ao aspecto psicológico, alguns indivíduos podem associar emoções negativas a determinados alimentos, por exemplo, um mal estar físico causado pela comida, como engasgos ou problemas gastrointestinais.

As razões desse comportamento, no entanto, são complexas e podem estar relacionadas a questões familiares e contextos sociais. 

Na maioria das vezes, o transtorno alimentar seletivo tem início na infância. Alguns pontos importantes no processo de formação do paladar da criança:

  • A amamentação é um facilitador para a aceitação de novos alimentos. Assim, quanto mais variada a dieta da mãe, o paladar da criança tende a ser mais variado.
  • É recomendado que não se atrase a introdução gradual de alimentos sólidos na dieta do bebê. 
  • A maneira de oferecer alimentos também deve ser variada.
  • A família e os cuidadores devem prezar pelo ambiente onde a criança se alimenta.

A confirmação do diagnóstico de transtorno alimentar deve ser feita por um nutricionista ou médico, com base em exames laboratoriais, sinais e história clínica dos sintomas. Esse profissional poderá verificar a presença de outros problemas que possam levar à rejeição da alimentação, como alergia, dificuldades para mastigar e deglutir ou problemas gastrointestinais. O que vem sendo praticado é uma abordagem multidisciplinar, com participação de nutricionista, psiquiatra ou psicólogo e clínico geral ou pediatra.

O ponto de partida do tratamento do transtorno alimentar está na aceitação do diagnóstico pelo paciente, que toma consciência dos efeitos da seletividade alimentar para a saúde do seu organismo e para suas relações sociais. Neste momento também é importante que os pais ou companheiros do paciente tomem consciência e se engajem ativamente no tratamento, sempre respeitando o processo do paciente.

Tendo em mente que este é um tratamento de avanço lento, o profissional pode sugerir e acompanhar algumas ações:

  • Todos devem prezar por um bom ambiente de refeições, 
  • Combinar com o paciente a introdução pontual de cada novo alimento ou forma de preparo.
  • A dieta do paciente deve ser a mesma dos outros moradores da casa.
  • Propor estratégias para, aos poucos, introduzir uma alimentação mais saudável.
  • Administrar a ansiedade por resultados por parte do paciente e de seus pais ou companheiros.
  • Monitorar a carência de micronutrientes e, quando houver necessidade, receitar um suplemento alimentar que supra essas necessidades.

Conte com a Alphafono!

Nós podemos te ajudar! Marque agora mesmo uma consulta para que possamos te conhecer melhor: Whatsapp (11) 98167-0889

Have your say

× Como posso te ajudar?