Descubra o papel do psicólogo no autismo

Descubra o papel do psicólogo no autismo

Psicólogo no Autismo

Você sabe qual é o papel exercido pelo psicólogo no autismo para ajudar no tratamento? Hoje, vamos compreender um pouco mais sobre essa relação

No desafio de um pai com filho autista, ele pode contar com um aliado: o psicólogo. Entenda, o papel do psicólogo no autismo.

Quando se descobre que o filho tem algum distúrbio que esteja incluído dentro do Transtorno do Espectro Autista, o susto é a primeira reação que se pode notar.

Afinal, por mais que haja uma discussão bastante fundamentada na sociedade, é bem verdade que muitos pais precisam lidar com o diagnóstico e com os primeiros passos: providenciar junto de profissionais as intervenções iniciais para dar, desde já, melhores condições de vida aos seus filhos.

No meio desse grupo de especialistas, a figura do psicólogo no autismo é de extrema importância, pois junto de outros responsáveis pelo tratamento, ele também é responsável por oferecer as coordenadas necessárias para o autista.

O acompanhamento psicológico é responsável por atender as demandas de cada caso com estratégias eficazes.

Tudo isso, obviamente, depois de uma análise minuciosa acerca da situação do paciente.

Os psicólogos podem desempenhar um papel importante no diagnóstico do autismo e ajudar as pessoas a lidar e a gerenciar os desafios associados ao autismo.

O Transtorno do Espectro do Autismo é uma condição que afeta o desenvolvimento neurológico e causa dificuldades de interação social, no comportamento e na comunicação.

Além disso, o psicólogo pode usar algumas abordagens terapêuticas desenvolvidas para tratar crianças com o autismo.

Vamos detalhar as principais e como esses especialistas são fundamentais para melhorar a qualidade de vida dos autistas.

Psicólogo no Autismo

#1. Análise do Comportamento aplicada (ABA)

A terapia ABA é uma terapia que usa técnicas de ensino baseadas em evidências para aumentar comportamentos adequados e reduzir aqueles que podem ser prejudiciais ou interferem no aprendizado.

Ela é bastante eficaz para melhorar as habilidades sociais e de comunicação.

É uma intervenção considerada bastante eficiente, pois ajuda no aperfeiçoamento de habilidades básicas e complexas, como:

  • Olhar;
  • Ouvir e imitar;
  • Ler;
  • Conversar;
  • Interagir com o outro.

Os psicólogos aplicam a ABA depois de uma avaliação para verificar os comportamentos e determinar o que precisa ser melhorado.

As atividades podem ser desenvolvidas em casa, em escolas ou clínicas. É uma terapia que usa formas de recompensas para reforçar o comportamento positivo e estimular determinada prática.

Os psicólogos também podem ensinar habilidades para os autistas e torná-los menos dependentes.

O ideal é que a ABA ocorra desde cedo, perto dos 4 anos de idade.

A família também recebe um suporte do psicólogo e é orientada a realizar as atividades em casa de acordo com as necessidades do autista.

#2. Terapia cognitivo-comportamental

A terapia cognitivo-comportamental (TCC) concentra-se na conexão entre pensamentos, sentimentos e comportamentos.

O psicólogo, que também é chamado de terapeuta, durante as sessões, conhece melhor a pessoa com autismo e sua família e aprende a identificar os comportamentos e pensamentos que causam desconfortos e precisam ser trabalhadas.

O psicólogo passa a acompanhar a rotina do autista e trabalhar a autorregulação por parte das crianças, a ensiná-las a obterem o autocontrole e como se comportar adequadamente.

Há diversas técnicas usadas pelos psicólogos para melhorar as habilidades sociais do autista.

Eles costumam escutar bastante os pais e a criança e ajudam a lidar com a ansiedade, depressão e situações do dia a dia como rejeição, isolamento e comportamentos inadequados.

Os psicólogos podem usar determinados objetos para estimular o autocontrole e a autorregulação.

Além disso, usam cartões simbólicos com desenhos para se aproximar do cotidiano da criança e fazem intervenções comportamentais.

Os psicólogos fazem com que o autista lide melhor com a frustração, medos, impulsividade, agressividade.

Os psicólogos podem também usar reforços positivos. Para isso, busca estimular uma frequência maior desse comportamento na vida da criança.

Além dos autistas, os pais podem precisar de terapia para lidar com suas emoções.

Tratamentos para o autismo: quando iniciar?

Como na maioria das condições especiais de saúde, o tratamento precoce é sempre a alternativa mais desejada.

Quanto mais cedo a regulação dos sintomas e a estimulação de aprendizados se inicia, mais conquistas são possíveis a curto, médio e longo prazo.

Segundo o jornal o Globo, uma das pesquisas mais recentes sobre diagnóstico do transtorno do espectro autista demonstra que quando os tratamentos para o autismo se iniciam em crianças de 3 anos, a melhora chega a ser de 80%.

O mesmo estudo compara os resultados de pacientes que iniciam o tratamento ainda antes, ou seja, com menos de 3 anos, nesses casos, o percentual de melhora chega a alcançar 90% .

O cenário é bastante otimista! Se for possível fazer o diagnóstico  com 1 ano e 6 meses e iniciar as intervenções na linguagem e comportamento, com o engajamento e apoio da família, a probabilidade é de que a criança saia de um grupo de autismo severo para um médio, e do médio para o leve.

Psicólogo no Autismo

A fonoaudiologia aplicada ao autismo

Como sabemos, as crianças dentro do espectro do autismo podem apresentar dificuldades na comunicação, algumas desenvolvem a linguagem verbal (fala) outras não.

Muitas podem ter dificuldades até mesmo para utilizar ou interpretar a linguagem não-verbal.

A fonoaudiologia é uma terapia fundamental para ajudar no processo de desenvolvimento da linguagem.

O primeiro passo é avaliar quais são os recursos linguísticos e comunicativos utilizados pela criança e construir um plano de tratamento para desenvolver as áreas que apresentam dificuldades.

No caso dos autistas severos e moderados, pode ser necessário utilizar métodos alternativos de comunicação como os PECS, onde a criança aprende trocar o símbolo pelo objeto desejado.

Por isso, a avaliação fonoaudiológica é importante para que se desenvolva um trabalho específico para cada criança.

Nesse processo há o envolvimento da criança e de toda sua família.

Aqui é a mesma, quanto mais cedo o tratamento se inicia, maiores são as chances de bons resultados.

Afinal, como encontrar o psicólogo ideal para lidar com o autismo?

Todo o profissional que visa lidar com os autistas e aplicar a terapia ABA precisa ser capacitado, realizar uma especialização.

Os pais devem procurar psicólogos com experiência comprovada de atuação em ABA ao autismo e, também em TCC.

A participação dos pais é fundamental em todo o processo. Eles precisam acompanhar as etapas, as intervenções realizadas e ajudar nas mudanças sugeridas pelos psicólogos.

E quanto mais cedo essas intervenções ocorrerem, maiores serão as chances da pessoa com autismo ter mais qualidade de vida.

Não adianta contar com o auxílio de especialistas e não acompanhar as etapas que constituem todo o processo de intervenções que compreende o tratamento dos distúrbios incluídos no autismo.

A presença de pais e responsáveis deve ser feita de maneira que possa oferecer às crianças e aos adultos uma determinada segurança.

Para o psicólogo também é necessária essa participação a fim que haja troca de informações que ajudem ainda mais o tratamento.

Lembre-se sempre que quanto mais cedo o tratamento for iniciado, maiores são as chances de o autista ter uma melhor condição de vida.

Olhe sempre para o psicólogo no autismo como um grande aliado no desafio de sua família.

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