Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo
O transtorno alimentar restritivo evitativo (TARE) é um transtorno alimentar caracterizado por hábitos alimentares altamente seletivos, padrões alimentares perturbados ou ambos. Muitos desses hábitos acabam resultando em deficiências nutricionais, energéticas significativas e falhas em ganhar peso.
Os problemas mais comuns de alimentação para pessoas com Trastorno Alimentar Restritivo Evitativo incluem:
- Dificuldade em digerir alimentos;
- Evitar tipos específicos de texturas, cores e cheiros de alimentos;
- Comer em um ritmo anormalmente lento;
- E até falta geral de apetite;
Os sintomas mais comuns do TARE podem ajudar a identificar se por acaso você, seu filho ou até mesmo seu aluno precisam de tratamento para transtorno alimentar. São eles:
- Extrema seletividade na escolha dos alimentos;
- Ansiedade quando apresentado a alimentos de “medo”;
- Para adultos: perda de peso;
- Para crianças: falha em ganhar peso;
- Dependência de suplementos nutricionais, sonda de alimentação ou ambos;
- Evitar determinados alimentos, com base na textura, cor, sabor, cheiro, grupos de alimentos;
- Vômitos ou engasgos frequentes após a exposição a certos alimentos;
- Dificuldade em mastigar alimentos;
- Falta de apetite;
- Problemas para digerir tipos específicos de alimentos;
- Consumo de porções extremamente pequenas;
- Dependência de tubos de alimentação externos ou suplementos nutricionais;
- Isolamento social;
O transtorno alimentar restritivo evitativo é mais comum em crianças e bebês, podendo progredir até a idade adulta, cerca de 5% das crianças apresenta o TARE e cerca de 3,2% da população geral sofre com o TARE.
Já em adultos o Transtorno alimentar restritivo evitativo está sendo cada vez mais comum com o aumento das dietas especializadas, como:
- Dieta veganas;
- Dieta sem glúten;
- Jejum alternativo;
- E outras dietas que eliminam um ou mais grupos de alimentos;
Muitas das vezes adultos com o transtorno alimentar restritivo evitativo tem uma pequena variedade de alimentos em sua dieta, muitas vezes menos de 20 itens. Muitas vezes os adultos se recusam a experimentar novos alimentos.
A alimentação exigente devido à restrição de peso ou dieta é conhecida por levar ao transtorno alimentar restritivo evitativo em adultos. A alimentação exigente em adultos também tem sido associada a taxas mais altas de depressão e transtornos obsessivo compulsivos, bem como menor qualidade de vida em comparação com crianças e adolescentes diagnosticados com seletividade alimentar.
Isso pode ser devido ao fato de os adultos serem mais hipersensíveis ao peso e à imagem corporal do que as crianças e portanto, a alimentação exigente em adultos pode estar ligada ao possível peso e tipo de corpo, em oposição ao desinteresse e à evitação de alimentos.
O TARE ocorre principalmente quando o indivíduo apresenta:
- TEA: Transtorno do Espectro Autismo;
- TDAH: Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade;
- TOC: Transtorno Obsessivo Compulsivo;
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Os critérios para o diagnóstico do transtorno alimentar restritivo evitativo incluem:
- Indivíduo demonstra uma experiência alimentar perturbada que está associada a um ou mais dos seguintes: Deficiência nutricional como resultado da ingestão inadequada de alimentos; Perda de peso ou falha em ganhar pessoa; Declínio da função psicossocial; Dependência de suplementos para manter a saúde nutricional;
- Alimentação perturbada não se deve a um fator externo explicável, como indisponibilidade ou escassez de alimentos;
- A pessoa não tem uma imagem corporal distorcida;
- O transtorno alimentar não é resultado de alguma outra doença física ou mental;
Embora o TARE seja diferente dos distúrbios alimentares mais comuns, ainda é um distúrbio alimentar que pode causar sérios riscos à saúde se não for tratado. Os riscos de saúde comuns associados ao TARE incluem:
- Desnutrição;
- Perda de peso;
- Atrasos no desenvolvimento;
- Transtornos de ansiedade concomitantes;
- Não ganhar peso (crianças);
- Complicações gastrointestinais;
O tratamento para o TARE incluem programação especial pediátrica e adolescente, ambos envolvendo terapia familiar, que comprovadamente minimiza o comportamento desordenado, leva a uma dieta mais equilibrada e melhora as taxas de recuperação a longo prazo.
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