Psicomotricidade – Como trabalhar com a criança

A psicomotricidade é a ciência cujo objetivo é o estudo do homem e do movimento ao seu redor, a educação psicomotora é o “ponto de partida” para o processo de aprendizagem das crianças. Comumente, se seu filho tem alguma deficiência de aprendizagem é resultado de alguma deficiência no desenvolvimento psicomotor.

A criança que apresenta o desenvolvimento psicomotor mal constituído pode apresentar problemas na escrita, na leitura, no grafismo, na distinção das letras, na ordenação das sílabas, no pensamento abstrato, na análise lógica e gramatical, entre outros.

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O transtorno do déficit de atenção (TDA) afeta cerca de 5% das crianças e se caracteriza por sintomas como impulsividade, inquietação e desatenção. Alunos com TDA podem ter prejuízos no rendimento escolar, pois o transtorno frequentemente faz com que as crianças apresentem dificuldade de concentração e hiperatividade durante as aulas, sendo um componente desafiador para o desenvolvimento do aprendizado.

A escola e o professor têm um papel importante, influenciando diretamente no desenvolvimento do aluno. Os profissionais podem utilizar jogos lúdicos e brincadeiras que estimulam diversos aspectos da criança, como o motor, o social, o afetivo e o cognitivo.

Uma aula com características lúdicas não precisa ser jogos ou brinquedos. O que traz a ludicidade para a sala de aula é mais uma atitude ‘lúdica’ do educador e dos alunos. O trabalho de educação psicomotora com as crianças que têm TDA deve proporcionar uma formação básica essencial em seu desenvolvimento motor, emocional e psicológico. Por meio dessas atividades as crianças desenvolvem suas habilidades perceptivas como meio de ajuste do comportamento psicomotor. 

A ação preventiva para psicomotricidade dos professores é de suma importância, possibilitando diminuir o número de crianças com dificuldades de aprendizagem, o que minimiza os efeitos negativos que os distúrbios psicomotores têm e promove o desenvolvimento global. 

Educadores que trabalham com crianças com essas características precisam se preparar, adotando métodos e estratégias pedagógicas para otimizar o ensino desses alunos, como por exemplo:

• Variar a rotina de ensino: Alunos com TDA tendem a dispersar e se entediar muito rápido. Por isso, procure variar a rotina e foque em métodos que contribuam para melhorar a concentração das crianças. Atividades que incluem estímulos audiovisuais, computadores e livros coloridos, a diversidade de materiais aumenta o interesse dos alunos nas aulas.
• Incentivar a prática e repetição: As crianças podem ter dificuldade para memorizar sequências, além de se desorganizarem com muita facilidade. Elas tendem a esquecer conteúdos, fórmulas e conceitos 
• Passar uma instrução por vez: Como a concentração dos alunos com TDA é mais dispersa, procure dividir as atividades em partes bem delimitadas para não causar confusão. Dê sempre uma instrução por vez, sempre fazendo contato visual para reforçar a informação. Seja sempre muito claro sobre as tarefas, tanto as que serão feitas em casa quanto as de sala de aula. Estabeleça prazos e deixe bem explicadas as instruções.
• Aplicar o reforço positivo: O reforço positivo é fundamental para alunos com TDA. Sempre que a criança for bem-sucedida em alguma tarefa, aplique um feedback positivo por meio de elogios ou prêmios. Alunos com TDA precisam de encorajamento e suporte constantes. Destacar falhas pode fazer essa criança ficar introvertida e com baixa autoestima. A atitude positiva do educador é decisiva no aprendizado.
• Manter uma boa comunicação com a família: A comunicação com os pais ou responsáveis de alunos com TDA é fundamental para o desenvolvimento das crianças. Usar uma agenda como canal de comunicação é muito recomendado. Nela, os pais podem escrever sobre o comportamento diário do filho, e o educador pode fazer o mesmo sobre as questões relacionadas à escola. Orientar os pais ou responsáveis sobre as dificuldades e necessidades da criança facilita o aprendizado dela. 

Alunos com TDA são crianças muito inteligentes e têm muito potencial, desde que recebam a atenção necessária para se desenvolver. Seguindo essas dicas, você poderá personalizar o ensino e ajudar seus alunos a vencerem qualquer dificuldade.

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